Dentre os males da minha terra:
Cheias durante as chuvas,
Secas durante quase todo o ano,
Ausências [de emprego, de políticos, de gente honesta...]
Doenças Psicofísicas
...
eis o mal maior:
"Nossos jovens não lêem".
Refiro-me às diferentes leituras.
E, aqui, não se trata
de um não-saber,
tão pouco, não-conhecer .
Todos foram, são e continuam sendo:
- treinados a decodificar símbolos
- adestrados a gargantear vogais e consoantes
- "ensinados" [sem entusiasmos] a pronunciarem as cores
do arco-íris das letras.
Foram ensinados a ler, para-não-ler.
Quanto aos livros,
no que se tornaram?
Arranjos para cristaleira,
encosto de portas e janelas,
ornamentos nas salas de visitas,
ou, simplesmente, volumes que se amontoam
num canto escuro da casa.
E para ser mais profícuo
foram transfigurados em combustível
para acender fogo de lenha
ou ainda,
jardim para o deleite das traças.
Os livros [e/ou nossos jovens]
existem para um único e certeiro fim,
serem:
olvidados
molestados
desprezados
dessacralizados
...
salvo para serem lidos.
[e ninguém os lê]
Estes [jovens/livros/jovens] foram, são e continuam sendo
sepultados em sete palmos de ignorância.
E enquanto não emergirem
nosso povo seguirá às escuras
pois, foram convertidos
em órfãos néscios
e desprovidos de memória e leitura.
[José Ailton Santos]
Cheias durante as chuvas,
Secas durante quase todo o ano,
Ausências [de emprego, de políticos, de gente honesta...]
Doenças Psicofísicas
...
eis o mal maior:
"Nossos jovens não lêem".
Refiro-me às diferentes leituras.
E, aqui, não se trata
de um não-saber,
tão pouco, não-conhecer .
Todos foram, são e continuam sendo:
- treinados a decodificar símbolos
- adestrados a gargantear vogais e consoantes
- "ensinados" [sem entusiasmos] a pronunciarem as cores
do arco-íris das letras.
Foram ensinados a ler, para-não-ler.
Quanto aos livros,
no que se tornaram?
Arranjos para cristaleira,
encosto de portas e janelas,
ornamentos nas salas de visitas,
ou, simplesmente, volumes que se amontoam
num canto escuro da casa.
E para ser mais profícuo
foram transfigurados em combustível
para acender fogo de lenha
ou ainda,
jardim para o deleite das traças.
Os livros [e/ou nossos jovens]
existem para um único e certeiro fim,
serem:
olvidados
molestados
desprezados
dessacralizados
...
salvo para serem lidos.
[e ninguém os lê]
Estes [jovens/livros/jovens] foram, são e continuam sendo
sepultados em sete palmos de ignorância.
E enquanto não emergirem
nosso povo seguirá às escuras
pois, foram convertidos
em órfãos néscios
e desprovidos de memória e leitura.
[José Ailton Santos]

Uma infeliz realidade você consegui transcreve-la em versos, quem sabe assim gere um efeito maior nas mentes inacabadas. Cada um fazendo a sua parte, usando os instrumentos que nos foi dado naturalmente. Parabéns amigo por usar a poesia para nos chamar atenção a essa dura realidade.
ResponderExcluirNão são poucos os que gritam na tentativa de despertar não apenas a juventude como também a grande maioria dos formadores de opiniões quanto aos métodos velados porem eficientes sobre o controle comportamental das massas. A escola perdeu a função de espaço de construção de saberes; me permitam, vou além, as academias perderam a capacidade de formar professores capazes de se compreenderem agentes transformadores, na grande maioria causam desserviços e diminuem esta colossal categoria. Hoje estamos presos a esta colonia de exploração global que exclui e caça os que ousam insurgir contra este modelo de exploração e alienação das massas. Quando soubermos distinguir e compreender a distância que separa o inculto do iniciado no tocante a compreender estas manobras de controle sociais acredito que nossa juventude estará sendo melhor assistida compreendendo o verdadeiro saber do conhecimento, única chave universal. Enquanto isto deixemos o lúdico assumir o papel de construtor do conhecimento da juventude, SEU FILHO.
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