terça-feira, 2 de abril de 2013

POEMA MÉTRICA

Oh! Minha doce amada!
Pedistes-me um poema?
Antes fosse uma rosa
pois, adoraria poder te dar

Todavia
o que não possuo
não tenho por hábito 
dar a ninguém

De outro modo
o que já doei 
não prometo a mais ninguém
Meu coração é seu
quanto a minh'alma
pertence aos deuses.



Sinto por ti
Oh! doce amada!
Afinal
no meu ateliê 
não tem tesoura, nem trena, nem nada.
Somente eu e minha solidão.

Na minha morada
não possuo jardins 
nem pássaros a cantar na janela 
só há
amassado papel
amargura
frustrações
fornicação
e tinta fresca.

Não sou o que queres de mim
nem tenho o que busca
tão pouco dar-te-ei
o que somente a mim foi ofertado:
Dádiva.

Oh, doce amada, quanta tristeza!
Não sou artífice, sou poeta.


[José Ailton Santos]

3 comentários:

  1. Boa noite camarada, sua sorte é ter nascido agora, caso contrário, seria mais um sergipano a duelar com: Antônio Frederico de Castro Alves. Acredito não ser por mulheres, muito menos pela eloquência da poesia, talvez, que sabe, pelo titulo de “Gondoleiro do amor”. Camarada, deixe estes sentimentos guiar esta nau, e logo, verás que o horizonte se tornará próximo e pequeno diante de tamanho crescimento. Não existe nada mais a acrescentar a não ser DEUS te abençoe.

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  2. Obrigada pelo poema que me mandou ler,amei!

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  3. Sua ousadia é revelado em suas veias poéticas, o ir sem se apegar a um estilo, mas com estilo caminhar o desvelar dos sentimentos humanos.

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