Minha respiração ofegante
denunciava meu atraso,
não fosse isso,
seria fácil notar meu destempero.
Não esperava encontrá-la.
Ainda que por um instante
fitei meu olhar no dela
nos saudamos sutilmente e segui adiante.
Apesar do atraso
havia poucos lugares ocupados.
Procurei o assento mais distante
do lugar provável onde sentaria
para quem sabe assim, me recompor
e admirá-la com minuciosidade.
Para meu espanto
e desordem cardio-respiratória
ela percorreu em diagonal
toda extensão do ambiente
e veio acomodar-se
justamente
ao meu lado.
captávamos no ar,
ouvíamos nas ondas,
olhávamos na retina,
percebíamos na pele,
mucosas e vísceras.
Ao final do evento,
nos erguemos aplaudindo...
o tempo se dissipou
e com ele o paladar,
que não foi sentido.
Sentia-me uma criança,
que tendo muitos biscoitos
os distribuí sem egoísmo
porém, percebendo que se escasseiam
morde os últimos aos poucos
e os esconde de tudo e todos.
Minha alma apressada questionou,
quando a encontrarei novamente?
O olhar distante, de quem parte saudosa,
respondeu cheio de incertezas.
Em breve.
José Ailton Santos - Licenciado em História pela Universidade Federal de Sergipe, Pós Graduado pela Faculdade Pio X em História do Brasil, Graduando do curso de Administração de Empresas pela UNIT, ex-professor efetivo da rede estadual de ensino do estado de Sergipe, funcionário efetivo do Banco do Estado de Sergipe com certificação pela ANBIMA, blogueiro, poeta de ocasião e portador da SPNDLR [Síndrome Patológica de Necessidade Diária de Leitura e Reflexão].
José Ailton Santos - Licenciado em História pela Universidade Federal de Sergipe, Pós Graduado pela Faculdade Pio X em História do Brasil, Graduando do curso de Administração de Empresas pela UNIT, ex-professor efetivo da rede estadual de ensino do estado de Sergipe, funcionário efetivo do Banco do Estado de Sergipe com certificação pela ANBIMA, blogueiro, poeta de ocasião e portador da SPNDLR [Síndrome Patológica de Necessidade Diária de Leitura e Reflexão].




