Não viverei preso em
uma alcova
vigiando amor alheio
não sou monástico
sou claustrofóbico
Prefiro o silêncio de
uma cela escura
compartilhada com os
reles hóspedes
A viver fabulando
num mundo feérico
Prefiro o precipício
à sombra de uma
árvore
aos pés da montanha
avizinhada por um rio
Quero:
a nudez
a nudez
a mudez
a surdez
a estupidez
a embriaguez
de um operário
a estupidez
a embriaguez
de um operário
Não o operário em
construção
mas o que desconstrói
com mãos de martelo
Sou aquele que desfaz
o que nunca foi feito
nem nunca será
mas, teima em ser
Inconstitucionalissimamente moral
Não viverei:
Sem
barulho
Sem luta
Sem nada.
Meu mestre sou eu!
[José Ailton Santos]

Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMais uma vez a sua irreverência se prosta para um vazio sem algemas que contempla a unidade do Ser.
ResponderExcluirgosto muito do que vc publica nesse seu site ,pois as vezes me juda em algumas coisas!obrigada!beijao
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