Até os mais fortes amolecem,
não há fibra diante do calor em chama,
não há metal que resista ao forno de fundição.
SENHORA:
- Não deve lançar-se às flores,
deves antes, selecioná-las
e as colher em tempo certo,
pois quem não controla
os imperativos do coração
não controla a vida.
POETA:
- O sentimento minha senhora,
faz morada acima das convenções;
não há estradas pavimentadas
por onde caminha o coração.
A razão, ríspida e intrépida,
ouve o amor anunciar.
- A musa, dar-lhe-ei:
alma,
coração,
vida...
Enfrento o mundo
[se necessário for]
para oferece-lhe uma rosa escarlate!
O amor inebriado é cristal.
As convenções são martelos.
É a brisa leve a bailar
É a vassoura a recolher haplopétalos secos.
É doçura e bondade
É orgulho e dever.
O amor é touro valente
A convenção é toureiro a brandir o capote.
É saudade que dói
É dor que sufoca inquebrantável.
Somente os loucos e os poetas
são agraciados com o desnudar-se da Vênus.
A lucidez e o dever a vestem.
O amor
- eis o sentimento mais excelso-
é vaidoso e exige dos mortais
o que lhes é mais raro,
a vida.
Ademais, o que é a vida sem amor
se não a morte a vestir-se em renda Chantilly.
José Ailton Santos - Licenciado em História pela Universidade Federal de Sergipe [UFS], Pós-graduado pela faculdade Pio X em História do Brasil, bacharel em Administração de Empresas pela Universidade Tiradentes [UNIT], ex-professor efetivo da rede estadual de ensino do estado de Sergipe, funcionário efetivo do Banco do Estado de Sergipe com certificação pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais [ANBIMA], blogueiro, poeta de ocasião e portador da SPNDLR [Síndrome Patológica de Necessidade Diária de Leitura e Reflexão].

Muito bem, mestre Ailton!
ResponderExcluirMuito bem, mestre Ailton!
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