Caminho pelo deserto
longos caminhos curtos
curtos caminhos longos
frio
jejuns
orações
minha jornada
parecia terminar
eis que veio o frio,
o edredon que antes
aquecia e sufocava
[minhas carências]
não consegue mais me acolher.
Em mim,
algo avassalador pulsa
clamores
orações perenes
jejuns mais intensos
sou um ser em agonia.
Minha jornada que há pouco
parecia ter fim
se revela prisão eterna
Não resisto e cedo:
me permito,
me sinto fluida,
me entrego em banquete
e tudo [neste instante] faz sentido.
Me descubro humana
me descubro na carne que habito
Sem sair do deserto
fui estar com ele
à sombra de um lugar:
despida
descalça
desinibida
tocando e sendo tocada
A natureza é imperativa
já o meu deserto é administrativo
Sedenta,
bebo mais de uma taça
não pela bebida e sim pelo não estar só.
Me sinto segura
o caminhar no deserto só me faz bem.
José Ailton Santos - Licenciado em História pela Universidade Federal de Sergipe, Pós Graduado pela Faculdade Pio X em História do Brasil, Graduando do curso de Administração de Empresas pela UNIT, ex-professor efetivo da rede estadual de ensino do estado de Sergipe, funcionário efetivo do Banco do Estado de Sergipe com certificação pela ANBIMA, blogueiro, poeta de ocasião e portador da SPNDLR [Síndrome Patológica de Necessidade Diária de Leitura e Reflexão].

Como sempre o mínimo que se espera de um bom arquiteto é que saiba delimitar os espaços sem perder o requinte e mantendo a alegria. Porém, quando o ambiente a ser decorado pertence a outro precisamos elevar os cuidados para melhor compreender a impetuosidade do cliente e a segurança do profissional.
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