quarta-feira, 15 de junho de 2022

QUARENTEI




Olho em volta,

tudo parece enferrujar...

acho que é culpa dos janeiros.

Assim, penso eu.


Como dantes:

não vejo

não penso

não escuto

não transpiro...

não se trata de um quê de paralisia

e sim, de uma metamorfose.


Tal como alguém que muda de traje

e se vê diferente,

uma nova consciência emerge.


tudo se desloca,

tudo é movimento

tudo é fluididade


Se não fluir:

adoece

apodrece

envelhece

desnobrece.


O ar entra [oxigena e sai]

O alimento entra [nutre e sai]


Se paralisar:

dor

doenças

sofrimentos

regresso moral

declínio espiritual.


Respiro calmamente e sereno

deixo o ar passear pelos pulmões

reflito alinhadamente

desvendo mistérios.


Perdoo e tudo em mim

renasce em espiral


Não dói os ombros

não dói as costas

não dói o peito

não dói N'alma.



José Ailton Santos - Licenciado em História pela Universidade Federal de Sergipe [UFS], Pós-graduado pela faculdade Pio X em História do Brasil, bacharel em Administração de Empresas pela Universidade Tiradentes [UNIT], ex-professor efetivo da rede estadual de ensino do estado de Sergipe, funcionário efetivo do Banco do Estado de Sergipe com certificação pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais [ANBIMA], blogueiro, poeta de ocasião e portador da SPNDLR [Síndrome Patológica de Necessidade Diária de Leitura e Reflexão].

2 comentários:

  1. Sem Dúvida, o Tempo é um Vetor que nunca será constante. Ele é dono de Si, não avança quando queremos não retrocede e nunca Para, e assim devemos nós, se manter em constante equilíbrio e movimento para funcionar e ficar lubricado bastante pra não perder as articulações e acabar corroído pelo ferrugem do TEMPO..

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