terça-feira, 27 de novembro de 2018

O PEQUENO PRÍNCIPE OU A ESSÊNCIA DA VIDA

Quando se caminha sempre em frente
não se vai muito longe.
As crianças bem sabem disso,
assim como sabem, 
que devem tolerar as pessoas grandes,
pois as pessoas grades, 
como dizia, o pequeno príncipe,
de Saint-Exupéry*


- Ah! Os adultos! 
São tão sérios, 
tão sérios, 
que só dão atenção a números.

Os adultos são incapazes de ver
em um simples chapéu-panamá**
um elefante dentro da barriga de uma jiboia.

As crianças, semelhante as flores,
não julgam pelas palavras
e sim pelas atitudes.

As flores? 
Não basta dizer que são lindas
é preciso regá-las

As crianças?
Não basta dar-lhes o mundo
é preciso sentar no chão e pintá-lo

com:

giz de cera do material escolar
carvão de uma fogueira que se apagou
tinta que sobrou da pintura da casa
catchup e maionese que sobrou do sanduíche
raspas de tijolos com salitre
...

Por conseguinte,
pra se ir muito longe
sequer precisamos seguir,
basta ser amigo da imaginação,
não precisamos da exatidão das pessoas grandes.

No fim, 
o que conta mesmo,
o que conta de verdade,
o que conta pra valer,
é como pintamos o nosso mundo
e como cuidamos das nossas flores.





* Antoine Jean-Baptiste Marie Roger Foscolombe, conhecido pela alcunha de Conde de Saint-Exupéry, foi um escritor, ilustrador e piloto francês, é autor de um clássico da literatura, intitulado "O Pequeno Príncipe", escrito no ano de 1943. Entre as diversas frases famosas extraídas da obra podemos citar: "só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos. Tu te tornas eternamente responsável por tudo aquilo que cativas".

** Chapéu-panamá - É um chapéu que, apesar do nome, é fabricado no Equador, onde recebe o nome de El Fino, especialmente em Cuenca e Montecristi, sua origem mais remota, data da colonização do Equador pelos espanhóis. A fabricação ocorre com a palha da planta Carludovica Palmata, encontrada no Equador e me países vizinhos e é tecida em trama fechada e encontrado facilmente em diferentes locais do país. 


José Ailton Santos - Licenciado em História pela Universidade Federal de Sergipe, Pós Graduado pela Faculdade Pio X em História do Brasil, Graduando do curso de Administração de Empresas pela UNIT, ex-professor efetivo da rede estadual de ensino do estado de Sergipe, funcionário efetivo do Banco do Estado de Sergipe com certificação pela ANBIMA, blogueiro, poeta de ocasião e portador da SPNDLR [Síndrome Patológica de Necessidade Diária de Leitura e Reflexão].

terça-feira, 13 de novembro de 2018

ALINHAMENTO PRINCIPIOLÓGICO















Fico envergonhado 
quando me envergonho
e se o envergonhar 
é de algo vergonhoso
aí, maior é minha vergonha

Colisão de princípios e valores
rumino, cismo, purifico, decanto 
me recomponho
e realinho meu interior

Corrijo minha vergonha
faço algo não vergonhoso
extirpando o envergonhar
do qual me envergonho
açambarcado, não mais estou, envergonhado.



José Ailton Santos - Licenciado em História pela Universidade Federal de Sergipe, Pós Graduado pela Faculdade Pio X em História do Brasil, Graduando do curso de Administração de Empresas pela UNIT, ex-professor efetivo da rede estadual de ensino do estado de Sergipe, funcionário efetivo do Banco do Estado de Sergipe com certificação pela ANBIMA, blogueiro, poeta de ocasião e portador da SPNDLR [Síndrome Patológica de Necessidade Diária de Leitura e Reflexão].